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A Ilha da Magia é famosa por suas praias paradisíacas e paisagens de tirar o fôlego. Mas se você é morador ou turista, talvez nunca tenha ouvido falar do dia em que a ilha mergulhou em uma escuridão total, por quase 55 horas. Mais do que um simples blecaute, o grande apagão de 2003 foi um evento que marcou a história de Florianópolis e revelou a fragilidade de sua infraestrutura.
O Dia em que a Luz se Apagou
Tudo começou na noite de 31 de outubro de 2003. Para muitos, era apenas mais uma sexta-feira de Halloween. Mas por volta das 20h20, um incêndio de grandes proporções tomou conta da galeria de cabos de alta tensão da Ponte Colombo Salles, uma das principais ligações entre a ilha e o continente.
O fogo, que se alastrou rapidamente, danificou todos os cabos responsáveis por levar energia para a ilha. O resultado? Mais de 300 mil pessoas ficaram sem eletricidade. O silêncio da falta de luz foi rapidamente substituído pela sirene dos bombeiros e o barulho de helicópteros.
O Caos e a Resiliência da Cidade
O apagão não foi apenas a falta de luz. Foi a interrupção de todos os serviços essenciais.
* Falta de Água: O sistema de bombeamento de água, que dependia da energia elétrica, parou de funcionar. Em pouco tempo, a ilha inteira ficou sem água potável.
* Caos no Trânsito: Sem semáforos, o trânsito virou um pesadelo. O Túnel Antonieta de Barros, uma das vias mais importantes, precisou ser fechado, gerando engarrafamentos quilométricos.
* Prejuízo Milionário: O comércio foi o mais afetado. Mercados e restaurantes perderam milhares de reais em produtos perecíveis que estragaram nas geladeiras.
Mas, como é característico do povo de Floripa, a resiliência falou mais alto. As rádios se tornaram o principal meio de comunicação. Moradores de bairros próximos ao continente se organizaram em mutirões para buscar água, e a solidariedade se tornou a moeda de troca.
O Legado de uma Noite Escura
A energia só começou a voltar de forma gradual após 55 horas de trabalho ininterrupto da Celesc. O apagão de 2003 serviu como um triste, mas necessário, alerta. Ele expôs a vulnerabilidade da ilha, que na época dependia de apenas um ponto de abastecimento.
Graças a esse evento, a infraestrutura da cidade foi revista e aprimorada. Novos investimentos em sistemas de distribuição de energia foram feitos para evitar que a ilha volte a depender de uma única via.
Hoje, quando passamos pela Ponte Colombo Salles, é quase impossível imaginar que ela já foi o epicentro de um dos maiores eventos da história recente de Florianópolis. É uma história que poucos conhecem, mas que demonstra a capacidade de superação de uma cidade que, mesmo na escuridão, sempre encontra seu caminho para a luz.
E você, já tinha ouvido falar sobre o grande apagão de 2003? Compartilhe suas impressões nos comentários!

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