Mas nem todo “eco” é ecológico, e nem toda vibe zen é consciente.
Tem muita empresa vendendo “turismo sustentável” que, na real, tá mais preocupada com engajamento do que com o planeta.
É o famoso greenwashing — aquele banho de marketing verde que engana bonito.
🚨 O que é greenwashing e como ele virou moda no turismo
Greenwashing é quando uma marca finge ser ecológica, só pra parecer cool e atrair o público preocupado com o meio ambiente.
No turismo, isso se traduz em:
- “Passeios ecológicos” com barcos a motor que assustam os bichos.
- “Hospedagens sustentáveis” que trocam o canudo de plástico por um de bambu, mas continuam jogando esgoto no rio.
- “Turismo consciente” feito por quem nunca pisou numa comunidade local sem câmera ligada.
É disfarce. É maquiagem verde. É trambique bem embalado.
🕵️♀️ Como identificar uma ecofarsa
1. Muito discurso, pouca prática
Se a empresa fala muito em “sustentabilidade” mas não explica o que faz na real… desconfia.
2. Falta de transparência
Não mostra dados, não fala de parceiros locais, não explica o impacto? Tá escondendo o jogo.
3. Sustentabilidade como adereço, não essência
Se a proposta sustentável é só um “plus” no pacote, provavelmente é só isca de marketing.
4. Comunicação vaga
Termos como “eco-friendly”, “verde” e “consciente” sem contexto nem comprovação real: alerta vermelho!
✅ E o que é turismo sustentável de verdade, então?
- É inclusão local.
Gera renda e respeito pra quem vive no destino. - É redução real de impactos.
Não só no papel. Na prática. No lixo, na água, na energia. - É transparência.
Com relatórios, certificações sérias e ações constantes. - É humildade.
Não é sobre salvar o mundo, é sobre não atrapalhar mais do que ajudar.
🧭 Como apoiar práticas turísticas autênticas
- Pesquise quem tá por trás da empresa.
- Prefira projetos pequenos, locais e transparentes.
- Converse com a galera do lugar: eles sabem quem é real e quem só quer lacrar.
- Valorize iniciativas com certificações sérias (mas fuja das fakes, tá cheio por aí).
🏁 Conclusão: greenwashing é fácil de vender, difícil de sustentar
Turismo sustentável não é estética, é ética.
Não é sobre parecer bonito na internet, é sobre deixar o lugar melhor do que você encontrou.
A próxima vez que você ver um post com uma cabana de madeira no meio da floresta e a legenda “eco-chic vibes”, pergunta o que tem por trás da cortina.
Porque, no fim, a sustentabilidade que vale mesmo é a que dá trabalho.
E quem faz direito, não precisa fingir.